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Depressão e suas perspectivas

 

Depressão e suas perspectivas têm sido muito debatidas. O tema depressão já foi relacionado como o “Mal do século”, e a Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que até o ano de 2030 este será o diagnóstico médico mais comum entre todas as doenças já catalogadas, inclusive ultrapassando as enfermidades cardiovasculares, que lideram hoje o ranking de doenças que ocasionam afastamentos das pessoas de seus trabalhos.

 

Sendo assim, a depressão se tornou uma doença bastante popular, que a maioria das pessoas reconhece por já tê-la experimentado ou por conhecer pessoas próximas do meio familiar que sofreram (ou sofrem) com esta doença.

 

Entendendo a depressão e suas perspectivas

 

Conforme o levantamento do DSM-V (Manual de Diagnósticos e Estatísticas de Transtornos Mentais, revisado e publicado pela Associação Americana de Psiquiatria), a depressão é um transtorno que tem por características principais o humor deprimido e a perda de prazer nas atividades do dia a dia por um período de, no mínimo, duas semanas contínuas.

 

Além disso, outros sintomas devem ser observados para o diagnóstico preciso, como:

  • Mudança de apetite, com ganho ou perda de peso acima de 5% em um mês sem mudanças relevantes na dieta alimentar,
  • Insônia ou vontade excessiva de dormir,
  • Agitação ou retardação psicomotora,
  • Fadiga ou perda de energia durante todo o dia,
  • Diminuição da capacidade de concentração e de tomada de decisão, sentimentos de culpa inapropriados,
  • Pensamentos negativos ou relacionados à morte (medo de morrer, suicídio).

 

Vale ressaltar que nenhum destes sintomas deve ser atribuído ao uso de alguma medicação ou a um fato relevante, ocorrido na vida da pessoa que a levou a se deprimir (tais como morte de um ente querido, rompimentos de relações afetivas etc.).

Tratando a depressão

 

Em relação ao tratamento da doença, até a década de 1970 a única opção eram as psicoterapias, como a psicanálise. Então surgiram os primeiros medicamentos antidepressivos após pesquisas com o cérebro de animais e humanos.

 

Nestes experimentos, descobriu-se que uma falha nas comunicações neuronais no cérebro, por meio dos neurotransmissores como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina, provocavam alterações no equilíbrio emocional, sendo os antidepressivos a solução para o restabelecimento destas interações químicas, que visavam à volta do bem-estar para a pessoa.

 

Em um primeiro momento, o surgimento dos primeiros medicamentos e os avanços científicos com novas drogas, as quais apresentavam menos efeitos colaterais, pareceu ser a solução para a doença.

No entanto, muitas pessoas não obtiveram a remissão dos sintomas como se imaginava, com episódios de recaídas e, em casos mais graves, o remédio não produzia o efeito desejado ou até mesmo aumentava o risco de suicídio. A conclusão que se chegou é que a medicação, apesar de ser importante na maioria dos casos, mostrava-se insuficiente para o controle e a remissão dos sintomas depressivos.

 

Logo em seguida, novos estudos mostraram que o tratamento medicamentoso aliado com a Psicoterapia era mais eficaz que qualquer um dos tratamentos realizados isoladamente.

 

Sempre lembrando que os tratamentos medicamentosos são de prescrição exclusiva dos médicos, não podendo ser receitados por nós psicólogos, que atuamos com foco total na Psicoterapia.

 

Neste sentido, podemos dizer que, pela experiência clínica, a Psicoterapia é um dos tratamentos fundamentais que tem trazido excelentes resultados, não somente para o alívio dos sintomas da Depressão, como também trazendo para a pessoa ganhos de autonomia, autoestima e autoconhecimento. Sendo assim, a pessoa diagnosticada com Depressão trabalha em Psicoterapia com o psicólogo em duas perspectivas de maneira simultânea: a do sofrimento e a da autorrealização pessoal.

 

Entendendo as perspectivas de tratamento da depressão

 

1) A primeira perspectiva está relacionada à elaboração da dor: à ausência de energia (ou ânimo) para as atividades do dia a dia; a desmotivação; aos pensamentos negativos; aos sentimentos de culpa, angústia, raiva, medo, ansiedade, entre outros que geram sofrimento no corpo e na mente da pessoa.

 

2) Já a segunda perspectiva, a da autorrealização, está relacionada ao autoconhecimento, à identificação clara por parte da pessoa dos pensamentos, tendências emocionais e sentimentos que regem a sua vida; a sua posição e papel no mundo; à expansão da consciência e ao viver em plenitude consigo mesmo e com os outros.

 

Com base nestas duas perspectivas, o diálogo psicoterapêutico entre a pessoa com Depressão e o psicólogo tem permitido que esta doença seja superada por muitas pessoas. Além disso, a Psicoterapia tem aberto a possibilidade de uma vida plena e a conquista da realização pessoal para muita gente.

No entanto, para que a Psicoterapia seja eficaz é importante que a pessoa que busca um psicólogo sinta segurança, acolhimento e confiança em relação ao profissional escolhido. Caso contrário, vale a pena buscar outro profissional que lhe garanta estes sentimentos de estar no lugar certo com o psicólogo certo.

Portanto, lembre-se que é possível se libertar da Depressão e, mais do que isso, utilize este momento a favor do seu autoconhecimento e de sua realização pessoal. A Psicoterapia está aí para facilitar tudo isso!